Web 2. 0: Novas considerações

Novamente um post oriundo dos arquivos do blog. Desta vez uma releitura de uma coluna escrita para a Revista WWW em 2005. O post foi publicado no dia 18 de abril de 2009.

Quando o termo surgiu, lá em 2005, confesso que fui um dos primeiros a descer a lenha na conceitualização cunhada por Tim O’Reilly (para quem não lê inglês há uma versão traduzida do artigo original aqui. Mais definições aqui e aqui). Por um bom tempo eu sustentei a argumentação de que a coisa mais parecia um embuste de guru; sem validação e sustentação teórica.

Entretanto, confesso também que minha opinião mudou depois que comecei a refletir bastante em cima das propostas do texto (sim, demorou três anos para isso acontecer. Não se pode apressar algumas coisas e, embora a vida na web seja aparentemente mais rápida do que é no mundo “de verdade”, sem este tempo de reflexão e maturação, ao contrário do que se espera, a sociedade pára).

É importante ressaltar que várias coisas que li e que vi por aí na web não me ajudaram a mudar a opinião. Muito se escreve que a web 2. 0 traduz novos aplicativos e conceitos; o que não é verdade. Por isso que eu ajudava a entoar o coro de que o conceito era questionável (para ser bastante eufêmico). O que ocorre é que web 2. 0 não diz respeito a aplicativos ou a versões da web, como muitos acham que é e outros tantos  (como eu) argumentavam ser total non-sense.

Por isso resolvi escrever estas linhas para buscar uma melhor interpretação e compreensão do termo, que se refere muito mais a uma nova maneira de enxergar a web, e não de fazer a web necessariamente (embora uma coisa possa implicar a outra em grande parte dos casos).

Comecei a perceber isso quando lia e relia as argumentações de O’Reilly, onde ele diz que uma importante característica da web 2. 0 é que a informação agora volta e o UGC é peça-chave para o entendimento da web 2. 0. Quando eu lia e relia estas informações, menos entendia a web 2. 0, pois pensava (com razão): “Mas os fóruns e grupos de discussão são isso há um tempão e a wikipedia é, também bem anterior à web 2. 0; por qual motivo vir com este termo agora? por qual motivo tentar versionalizar algo que não tem jeito de ser versionalizado?”

O fato é que o cerne da questão não é a tentativa de versionalizar nada e nem mesmo de fazer explicações rápidas e isoladas. Da mesma forma que é bastante equivocada a argumentação de que o comércio eletrônico representa a “nova economia”*, é equivocado dizer que a web 2. 0 trata da web como plataforma, ou de aplicativos web usando Ajax ou ainda de “beta permanente”.

É mais do que isso. Web 2. 0 é uma nova (aí sim) maneira de enxergar a web e seu potencial, que sempre esteve lá, mas que somente depois de 10 anos de internet comercial começou-se a usar estas características já há tanto tempo identificadas. É novo porque ainda tem gente que trata a web como um simples canal de comunicação, o que não é bem a realidade. A web é um espaço onde coisas acontecem. Muito mais coisas acontecem neste espaço do que em canais de comunicação convencionais (a TV, o rádio e os jornais impressos, por exemplo, são canais de comunicação onde a informação trafega em apenas uma direção). Por isso é, também equivocado dizer que a web é “apenas” um canal de comunicação.

O conceito de web 2. 0 nos ajuda a enxergar isso. Neste espaço / ambiente em que se configura a web, não há hierarquia, influência do poder econômico e nem a necessidade de uma concessão do governo para enviar mensagens. Este rompimento de paradigma que nasceu com a web, mas que até 2004/2005 parecia estar hibernado, é o que realmente dá significado à web 2. 0. O suporte de aplicativos proporciona apenas (sem desvalorizar, claro) a estrutura para que isso ocorra com mais facilidade e acesso a um maior número de pessoas.

Mas por qual motivo falar disso agora?Bem, em primeiro lugar, pois eu não vi em nenhum lugar este tipo de explicação e fazer este tipo de esclarecimento me parce bastante oportuno no momento. Em segundo lugar, para deixar claro o meu entendimento da coisa a quem interessar possa.

Mas o mais importante motivo que me faz querer falar disso agora é que tenho visto muitas empresas que têm a faca e o queijo nas mãos para usar e abusar da web 2. 0 e se beneficiar bastante com isso, mas escolhem um caminho que pode não ser muito legal. Citarei três (para não deixar este post ainda mais longo) exemplos de empresas que em pleno ano de 2009 parecem não ter sacado o conceito (viu como eu não demorei tanto?) de verdade.

Para exemplificar e analisar a coisa com o mínimo de rigor metodológico, escolhi empresas de varejo. Tomo com referência para as observações a Amazon que faz uso de algumas premissas do conceito de web 2. 0 com bastante êxito. Para não deixar as análises ainda mais longas, focarei em apenas uma premissa: participação do usuário. Assim fica mais fácil tecer os comentários.

Pensemos no nosso exemplo (Amazon) e observemos como a coisa funciona lá em termos de participação dos usuários. Na Amazon, os produtos podem ser comentados pelos consumidores e avaliados por eles. Para evitar fraudes (registradas), os próprios usuários têm seus comentários avaliados pelos outros usuários. Um comportamento bem condizente com as premissas da web 2. 0 (conteúdo gerado pelo usuário e criação de espaços de comunicação / interação entre as pessoas ao invés de apenas “entregar” informações). Com esta iniciativa, a Amazon permite que sejam criadas comunidades em sua loja. As pessoas ficam mais tempo no site e recebem auxílio de outros consumidores para tomarem suas decisões; afinal, a opinião de outra pessoa como eu vale muito mais pra mim do que a opinião do vendedor. Além disso, é fornecido ao consumidor a possibilidade de trocar idéias sobre os produtos em um fórum de discussão com acesso imediato, logo na página do produto. As conversas que vi nestes espaços vão além da recomendação de um produto ou sua avaliação e rumam para a colaboração efetiva entre os consumidores: um consumidor ajudando outro que tem dúvidas sobre o uso de um produto específico, por exemplo.

Ou seja: a aplicação de alguns princípios simples implicou em uma série de benefícios para a empresa. eu mesmo já me vi comprando produtos na Amazon não por outro motivo senão a recomendação de alguém. Isso não acontece facilmente em uma loja tradicional (física) e muito menos nos exemplos brasileiros.

  1. Casas BahiaUma pena que o maior varejista do setor no país tenha iniciado sua operação na web apenas em 2009. O atraso, entretanto, poderia ter proporcionado às Casas Bahia uma entrada triunfante na web brasileira. Afinal, não é todo mundo que pode se dar o luxo de começar do zero uma frente de vendas na web em plena era da web 2. 0.   Só que o que aconteceu foi o lançamento de uma loja bem, digamos, web 1. 0. Não há nenhum tipo de recurso que passe perto da possibilidade de avaliar um produto ou deixar meu comentário. A coisa mais perto disso (embora esteja bem distante, deve-se dizer) é a funcionalidade de mandar um e-mail a alguém com um link de um produto.
  2. Magazine LuizaO pioneiro do comércio eletrônico no Brasil ficou prá trás na web 2. 0. Aqui também há apenas a possibilidade (bem escondida, por sinal) de enviar um e-mail a alguém com um link para um produto. A possibilidade de interação pára por aí. Interação, então, nem pensar.
  3. SubmarinoA empresa que é sinônimo de vendas pela web no país parece ser a única que oferece esta funcionalidade, embora muito pouco explorada. Ao final das páginas dos produtos, é possível avaliar o produto e colocar uma opinião sobre ele. Mas a coisa pára por aí. Embora possa parecer bastante se comparado aos outros players brasileiros, o que temos aqui passa longe do que seria um pleno uso das possibilidades que podem ser exploradas com este tipo de funcionalidade. Além disso, esta possibilidade não é muito trabalhada junto aos consumidores. Ninguém se sente estimulado ao comentar sobre um produto e o caminho para isso não é muito claro (aposto que tem gente que compra regularmente na loja e nunca viu isso). Então… Apesar de ter algum tipo de ferramenta que pode ser bastante aproveitada, o Submarino perde muito ao não dar destaque a esta ferramenta e ao não incentivar o usuário a utilizá-la plenamente.

Então… Se alguém teve a paciência de ler até aqui, é hora de agradecer e concluir, certo?

Pois bem… É legal então ver que o conceito de web 2. 0 é muito mais amplo e interessante do que o uso da web como plataforma e certamente refere-se muito mais a uma mudança de comportamento ao enxergar a web do que uma palavrinha da moda.

Talvez por causa da interpretação errônea do conceito temos visto muitas empresas ignorarem alguns princípios bem interessantes e que podem ser bem vantajosos tanto aqui no Brasil quanto lá fora (aliás, este é outro conceito que devemos aprender a repensar… com a web, não existe mais “aqui” e “lá”, mas isso deve ser assunto para outro post).

*Vale explicar que esta abordagem é equivocada pois embora tenhamos alterações substanciais no composto de marketing, por exemplo, a virtualização do comércio não faz o suficiente para ser atribuído a este processo o título de “nova economia”; afinal, pessoas continuam trocando bens e serviços por dinheiro ou outros bens e serviços. Isso não é nada novo. Apenas o balcão mudou, não a economia.

Aprendendo a aprender

Volta e meia me vejo em conversas que têm como tema as relações entre alunos e as instituições de ensino. Sempre – nestas situações – me lembro de um post de 2003 do blog do Kottke que fala sobre o que precisamos entender para aprender. Ele cai como uma luva para explicar e dar suporte a  várias argumentações que construímos neste tipo de conversa. Entretanto, como ele não citava a fonte das informações em seu post, eu me sentia reticente ao me referir ao texto.

Só que hoje eu estou com tempo (super sarcasmo mode on) e resolvi traduzir a lista de ítens a considerar quando queremos aprender algo (minha tradução do título do post). Poque mesmo que não venha de uma fonte que eu consiga identificar, é um texto bacana e pode auxiliar muita gente.

O engraçado é que o Kottke postou a lista justamente por causa de uma situação específica em que ele e alguns colegas de trabalho (o texto é da época em que ele ainda não vivia de ser dono de blog) passaram. Ou seja: encaixa-se bem com as situações com as quais eu me deparo de quando em vez.

Sem mais delongas, então, a lista de coisas a considerar quando queremos aprender algo:

1. Release the need to be right. 1. Livre-se da necessidade de estar sempre certo.  Isso é bastante interessante. Nem eu estou ali por acaso (quero aprender) e nem a pessoa que foi colocada alí (ou que eu escolhi) para me ensinar sem que houvesse uma razão (normalmente baseada na competência) para tanto. Então, embora pareça óbvio, é sempre legal lembrarmos que para aprender, precisamos entender que não sabemos algo e que isso nos será ensinado ou nos ajudarão a descobrir. Assim sendo, é bem provável que – durante o processo – venhamos a cometer algum erro. Ou seja: não estamos sempre certos. Então, que nos livremos dessa necessidade, né?

2. Welcome one another’s thoughts and opinions. 2. Agradeça e esteja aberto a ouvir os pensamentos e opiniões dos outros.  Esta é bem legal. É bem freqüente alunos irem pra casa com dúvidas após uma aula. Isso é péssimo. Mas acontece porque muita gente recrimina o aluno que pergunta durante a aula. Que tal sermos mais tolerantes com isso? Outra situação bem freqüente é a de uma pessoa achar que está correta (não levando em conta o ítem anterior) e, por conseqüência, as outras – que por ventura tenham opiniões contrárias ou mesmo um pouco diferentes – estão erradas.

3. Suspend judgment. 3. Suspenda os julgamentos.  Para aprendermos, temos que estar abertos ao que nos é oferecido. Segurar um pouco nosso ímpeto de julgar (ou mesmo pré-julgar) as coisas que chegam pra gente.

4. Listen for understanding, not rebuttal. 4. Escute buscando o entendimento, e não apenas para construir contra-argumentações. Essa é também uma boa. E complementa os ítens anteriores. É muito comum as pessoas confundirem o desenvolvimento de senso ou olhar crítico com do desenvolvimento de um comportamento de criticar tudo o que lhe é apresentado. É sempre bom lembrar que são duas coisas bem diferentes.

5. Make personal statements by using “I” rather than “you”. 5. Faça suas considerações pessoais usando o “eu” ao invés do “você”.  Normalmente as pessoas quando adotam a postura de criticar tudo e todos, não fazem qualquer referência a si mesmos, sempre falando (provavelmente mal) dos outros. Para nos colocarmos em condições de aprender algo, devemos adotar esta postura. Isso evita que fiquemos falando das coisas dos outros e falemos mais de nós (as críticas tendem a diminuir).

6. Clarify first what was said before you challenge someone. 6. Torne claro o que foi dito anteriormente (por você ou por outros) antes de desafiar alguém numa argumentação.  Normalmente as argumentações e embates de idéias acontecem de forma bem calorosa quando há ataques.   E isso tudo se origina (em grande parte das vezes) porque alguma idéia não ficou clara. Tentemos então deixar as coisas bem claras antes de partirmos para o embate, que tal?

7. Take time to reflect. 7. Tire um tempo para refletir.  Isso serve para que tenhamos como “digerir” o que chegou até nós. Se não dermos tempo para fazer isso, as nossas conclusões podem não ser as mais legais. E em tempos de imediatismo exacerbado catalizado pela velocidade ta troca das informações, a gente tende a eliminar este tempo para refletir. Pior pra gente. Portanto, nunca é demais reforçar a máxima de pensar antes de falar e de agir.

8. Lean into discomfort. 8. Apóie-se (acostume-se a apoiar-se) no desconforto.  É das situações de desconforto que a gente consegue chegar às soluções mais geniais. Assim é no campo das idéias e da reflexão. Aprender é coloca-se no estado de desconforto, uma vez que você não sabe a coisa. A posição desconfortável de não saber ou não compreender algo é primordial para que possamos chegar ao ponto do entendimento compreendendo o processo de busca (o que é mais importante do que saber a coisa em si).

9. Respond first to what was said before making your point. 9. Responda primeiro à pergunta (ou afirmação) feita e depois exponha sua idéia.  Isso é bacana para que as coisas fiquem claras (6) e também para que a gente possa evitar falar dos outros (5) e atacar (4) os interlocutores.

10. Have fun. 10. Divirta-se.  Quando a gente aprende a aprender, o processo (que é o mais importante) deixa de ser tedioso e passa a ser divertido.

Então… Embora com cinco anos de diferença, é sempre legal agradecer ao Kottke por ter tornado a lista pública. E foi ótimo tirar da cabeça estas argumentações que fervilham aqui na cabeça desde 2003 quando tive contato com a lista.

Espero que ajude alguém a aprender melhor; respeitando colegas, instituições e professores.

Experience Design Manifesto

Você tem contribuído para a melhoria da vida das pessoas? As coisas que você faz melhoram as vidas das pessoas que as usam?

Experiences that foster happiness should have the following qualities:

  • Make people feel confident of themselves.
  • Make people feel they can do something better. Empowers people to do something in a better way.
  • Improve people’s lives helping to solve existing pragmatic problems
  • Make people have an enjoyable and fun time during the experience, thus making life worth to be lived.
  • Surprises people in a magic way, bringing delight to the eyes and making the mind wonder.
  • Create an emotional connection between everyone involved, the experience itself and the one supporting the experience (a brand or a person)
  • Make the world a better place to live
  • Strenghten relationships between people that live the same experience

O trecho acima foi extraído do Experience Design Manifesto. Uma dica imprescindível de leitura para todos aqueles que querem saber um pouco mais sobre a relação entre o seu sucesso e a experiência de quem usa aquilo que você faz. (via)

Pense nisso.

Aurora. Algumas anotações

Aurora é o nome de um experimento conduzido pela Adaptive Path, liderado pelo Jesse James Garrett que versa sobre possíveis novas maneiras de usar sistemas online. O projeto está sendo feito para a Mozilla Labs como parte de uma série de conceitos que exploram como poderemos usar a web e tudo relacionado a ela no futuro.

Ontem o Eduardo Loureiro compartilhou com a lista dos alunos de Design de Interação os vídeos que o pessoal do projeto colocou na rede. A seguir, algumas considerações sobre cada um dos três vídeos disponibilizados.

Em primeiro lugar é de se notar o importante trabalho de tentar algo novo baseando-se em pesquisa e propondo o rompimento de barreiras. O trabalho é muito interessante e bastante coerente. Entretanto, algumas pulgas (como era de se esperar) estão atrás da orelha.

Antes de ler, assista os vídeos (12 e 3).

Agora sim… Vamos lá. Sobre o primeiro vídeo, penso que a quantidade de elementos que o usuário tem no repositório e como ele (o usuário) os manipula parece ser um pouco distante da realidade da persona indicada no vídeo e o jeito que as coisas acontecem (na localização dos dados, por exemplo) parece um pouco confuso; principalmente a respeito do processo de busca e também da disposição dos elementos em três dimensões simuladas.

Vale aqui um destaque acerca da influência do design e do “jeito de ser” da Apple sobre o projeto.

É de se considerar também que cada uma das quatro áreas de elementos que o usuário tem a seu dispor está repleta de ícones e objetos que – nem sempre – facilitarão a vida de quem usa. Por outro lado, a iniciativa de esconder os comandos do browser e deixar a cargo do usuário que os re-acione é bem interessante. Entretanto, isso demandaria grande esforço para que o usuário deixe de usar elementos da interface do browser (como a barra de favoritos ou acesso a diferentes abas ou ao campo de endereços) e passe a usar elementos dos próprios sistemas interativos para se orientar. Ademais, a proposta de “esconder” os elementos atrás de um clique do mouse não me pareceu uma ação muito bacana para deixar que o usuário use os recursos. Por estarem escondidos, muitos usuários podem passar batido por estes recursos. Mas é algo que vale tentar, embora eu só imaginaria este tipo de solução quando houvesse problemas de disposição de elementos por falta de espaço útil. Mas entendo a proposta de deixar o conteúdo prevalecer o centro do sistema.

Além disso, o jeito que os usuários interagem entre si através das ferramentas propostas para colaboração parece ser um pouco improvável. Pelo jeito que a coisa acontece, parece que os dois estão lado a lado, e não usando uma rede de computadores.

Ainda sobre isso, a questão do transporte (arrasto) e encaixe de dados para a interação colaborativa é bem interessante, mas tudo teria que vir da mesma origem ou os fornecedores de conteúdo teriam que adotar padrões bem planejados para que a coisa procedesse daquela maneira.

Muito legal o esquema da navegação espacial. Fiquei bastante curioso para saber mais do tal mouse (ou algo que o valha) que está suspenso em uma espécie de braço retrátil com o qual o usuário acessa o sistema espacialmente no esquema 3D proposto.

Ainda sobre o primeiro vídeo, achei que o jeito que a colaboração entre os dois usuários acontece – sem confirmação de alterações na interface solicitadas por um interagente remoto – também um pouco improvável. Muito no que diz respeito a como as coisas acontece mas sem deixar de considerar que na possibilidade de ter mais gente mexendo, corre-se o risco de cair na situação do “someone keeps stealing my letters”.

Sobre o segundo vídeo, me pareceu um pouco difícil que um dispositivo com aquelas dimensões e com aquelas características ofereça precisão e funcione daquele jeito – ou seja: com os elementos com aquelas dimensões – com as personas exemplificadas. Mesmo usando e testando a interface do iPhone, que parece ser a clara inspiração para o dispositivo, não dá para dizer que aquela movimentação de elementos na diagonal e os cliques em elementos carregáveis se dariam da maneira mostrada. Mas como dito anteriormente, é muito bacana que se tenha proposto a coisa. Como conceito é bastante interessante, mas esta é ainda a fase da pesquisa e ideação. É preciso ver como estes sistemas e dispositivos se comportam em seus protótipos e avaliá-los.

Ainda sobre o segundo vídeo, outras coisas interessantes. Embora num dispositivo com dimensões bastante reduzidas se comparado ao original, percebe-se que a interface permanece a mesma, mas com menos itens nas linhas laterais. Seria legal uma explicação de quais seriam os itens que permaneceriam alí após a redução. Ou será que isso seria configurado pelos usuários? Outra coisa é o tamanho dos elementos clicáveis. Parece que é improvável ter precisão no clique quando num dispositivo tão pequeno, com elementos tão próximos e reduzidos.

Além disso, como a interface é navegável em três dimensões simuladas, quando saber para onde o usuário quer ir quando as maneiras de interagir são em 2D? Lembremos que agora estamos num dispositivo móvel sem a traquitana de interação espacial anteriormente mostrada.

Na hora de ver se há pessoas próximas que pertencem ao mesmo grupo de turistas, percebi que o usuário toca na interface no ponto em que um dos elementos destacados do trajeto está. Como o sistema distinguiria um clique para saber mais sobre o elemento daquilo que foi feito no vídeo?

A “inteligência” do browser é algo a questionar. Como ele sabe que são férias e não uma viagem a trabalho? Apenas pela localização? Além disso, a lista de eventos é montada baseada na localização. O usuário não precisará fazer nenhum tipo de planejamento? Nenhuma preleção?

Muito bacana o sistema de filtragem pela localização atual, há de se destacar. O esquema de mostrar as possibilidades de destino para os elementos em arrasto é muito legal, embora não seja novidade aqui. A aplicação é bastante eficiente. Para finalizar as impressões sobre o segundo vídeo, o elemento arrastado é visualizado em arrasto e solto fora da área de contato; uma espécie de paralaxe proposital. No mínimo, desafiador.

No terceiro vídeo, algo me incomodou: o ítem “satisfaction” na barra de elementos superior. O usuário arrasta o elemento para uma área específica da interface e tem acesso às opiniões dos usuários. Além da associação de idéias ser um pouco forçada, a questão é: como se chegou a esta situação? Simplesmente tirando uma foto como o vídeo sugere me soa um pouco conceitual demais.

O narrador menciona o “workspace”, mas gostaria de ver os passos. É que me parece que seriam muitos, e aí, fiquei curioso. Embora este seja o propósito do vídeo, seria legal pensar também como o usuário chega ao cenário ilustrado. Obviamente eles estão pensando nisso, mas eu fiquei cá com meus botões pensando: de quanto tempo de interação o usuário precisou para chegar àquele estado?

Sobre a interface onde acontece a interação, novamente, para que ocorra o “encaixe mágico” proposto, muita padronização dos dados fornecidos se faz necessária. Dessa forma, num primeiro momento, fico a pensar como os fornecedores de informação e de serviços como os utilizados para montar aquela situação se sobressairiam uns comparados aos outros, uma vez que eles precisam ser muitos e precisam, antagonicamente, fornecer dados padronizados para que sejam utilizados no sistema da forma que foi ilustrado.

Por último, novamente acerca das linhas laterais de objetos, há um filtro que isola pessoas no ambiente da rede acessado pelo dispositivo no final do terceiro vídeo. Nos três vídeos, uma série de atalhos são usados e todos eles estão dispostos nestas linhas. Me pareceu que será necessário que o usuário passe grande parte do tempo configurando estas listagens, pois todas potencialmente mudam de acordo com a situação ilustrada. Veja o que eu estou querendo dizer nestas imagens retiradas dos dois últimos vídeos, abaixo.

Uau, muitas perguntas, né? Mas acho que é o esperado quando se propõe algo tão novo. Acredito que o pessoal responsável esteja recebendo muitas mensagens com perguntas semelhantes às minhas e – certamente – este tipo de colaboração influenciará bastante o desenvolvimento; espero que positivamente, embora lidar com todos os inputs seja um desafio enorme para a equipe.

Design, segurança e mercado

Oito donos do carro da Volkswagen perderam parte do dedo ao rebater o banco traseiro. A empresa descarta fazer recall

E aí, qual é a sua opinião sobre o assunto? Para apimentar, mais um trecho:

De acordo com Márcio Montesani, diretor do Núcleo de Perícias Técnicas de São Paulo, o Fox exportado para a Europa tem um sistema mais seguro. No lugar da alça e da argola, há uma alavanca de metal paralela à base. “Não é possível sofrer esse tipo de ferimento no Fox europeu”, diz.

 

Boas maneiras móveis

Direto do Usability News:

TEN TIPS FOR MOBILE MANNERS
1. Use text messaging to reduce the social intrusion of a call.

2. Enable the “Silent” setting on your mobile phone in public places or open offices spaces.

3. Use text messaging like a pager.

4. Use text messaging as a notepad.

5. Change your voicemail greetings to include: “Don’t leave a message, rather text me”.

6. Instead of leaving a voicemail message send a text.

7. Use text messages to send regular updates on a business process directly to a customer’s mobile phone.

8. Avoid the inappropriate use of text messaging.

9. Ensure that there is an opt-out mechanism for consumers when sending out marketing messages via text.

10. Use a desktop messaging solution.

Acho que fica bem clara a importância das mensagens de texto, né? É interessante saber usar este recurso para nos relacionarmos com nossos contatos pessoais, profissionais e – obviamente – com nossos clientes. Nos primeiros casos, o mote é priorizar as mensagens de texto; junto aos clientes, além de priorizar, é importante saber usar, respeitando os limites e as vontades dos clientes.

Seu site não é seu

Nunca é demais lembrar disso, né?

Yes, believe it or not, your website design should not concentrate on what you want or what you would like to see in your website, but it is about what your customers want from your website and it’s design.

 

Leia tudo.

🙂

O site de sua empresa não deve ter nem refletir as coisas que você gosta, mas sim as coisas que os seus usuários esperam e precisam. Aliás… nenhum produto ou serviço que você possa vir a oferecer para o mercado em qualquer época deve ser baseado no que você quer. Todas as diretrizes vêm dos seus consumidores. Esta é a essência daquela máxima “o cliente tem sempre razão”; e nunca deve ser confundida com subserviência no ponto de venda, ok?

BlogCamp – BH

Durante este último final de semana aconteceu o BlogCamp em BH. Compareci ao evento apenas no primeiro dia e comecei a escrever este post lá, durante as discussões. Só publico o texto agora pois tentei refletir o máximo que pude sobre o assunto buscando evitar o envio de um texto incompleto. Não sei se consegui. Antes de jogar pedras, por favor, tente ler este texto até o final.

A primeira – e mais importante – coisa que pude perceber é o que já suspeitava ao ler os comentários e acompanhar os últimos eventos que envolviam o assunto “Blog” pelo Brasil: Blogs viraram desculpas para se (tentar) fazer dinheiro na internet. Por mais que a gente tente dar certa dose de eufemismo pra coisa, não há como evitar. Monetizar é o santo graal para uns 95% dos donos de blogs (odeio o termo “blogueiro” do mesmo jeito que tem gente que odeia “usuário” e prefere usar o tal “*nauta”. Pra mim “blogueiro” é um termo tão pejorativo quanto “maconheiro”) do Brasil. Num evento como o BlogCamp, a monetização parecia ser a coisa mais importante (como o “networking”) para quem quer que estivesse lá. Me senti como um completo estranho. O que percebi, ao ver as discussões do pessoal lá, é que blogs não são mais só aqueles sites de cunho pessoal onde os autores publicam suas opiniões sobre os assuntos que lhe interessam. Estes até existem, mas parece que são minoria; ou melhor dizendo: estes passam longe dos encontros como o BlogCamp. O tipo de site que parece predominar ao se procurar ilustrar o conceito de um blog hoje em dia é o site construído por alguém (ou um grupo de pessoas) que visa ganhar dinheiro publicando conteúdo e funcionando como alternativa aos jornais, revistas e programas de televisão.

Nada de errado nisso, devo sempre deixar bem claro. Não há nada de errado em querer ganhar dinheiro e muito menos em tentar construir fontes de comunicação alternativas às da – dita – grande mídia.

O que me espanta é que os blogs individuais e que carregam apenas as opiniões dos autores e não são monetizados parecem não ser mais considerados como blogs. E os que se opõem à monetização são considerados quase criminosos, ou melhor dizendo: comunistas comedores de criancinhas.

Pera lá, gente. Não é bem assim.

A monetização é uma opção e não um caminho obrigatório. A meu ver, diga-se, um caminho arriscado, pois tenta-se construir e atribuir reputação de fonte de notícias a uma forma essencialmente pessoal de se publicar textos.

Como disse, nada de errado em querer ganhar dinheiro com a coisa, mas evitem fazer isso chamando de blog. Não por purismo e uma tentativa romântica de manter o termo “blog” longe do vil metal. Nada disso! Evitem chamar de blog para – justamente – dar mais credibilidade ao que fazem. Embora o formato seja semelhante ao de blog, o que muitos sites monetizados escritos em grupo são na verdade é revistas e publicações especializadas sem um jornalista assinando a edição. Então, eu recomendo que estes sites se posicionassem como tal. Acho que eles ganhariam mais.

Porque, afinal, até quando o conteúdo de um blog é relevante? Já o de uma revista….

Permita-me (caso você ainda esteja lendo isso) explicar: Claro, o que um autor ou outro pode escrever um dia e você lê em uma determinada ocasião pode ser relevante para você num – como disse – determinado momento. Mas, uma pergunta que me faço constantemente é: você confia num blog? De verdade? A resposta ficou ainda mais clara depois de ver a quantidade de discussão no BlogCamp-MG sobre monetização, reputação, posts patrocinados e correlatos.

Ninguém lá além de mim e alguns outros presentes (coincidentemente professores, como eu) contestavam que a publicação de posts patrocinados trazia conseqüências para um blog que podem ser mais maléficas do que benéficas. Para o pessoal, o fato de uma revista tradicional fazer isso dá o aval necessário para que um blog o faça. Como já disse, não quero impor regras sobre o que deve e o que não deve ser feito, mas os donos de blogs que fazem isso devem ter em mente que isso tem uma conseqüência sim. A partir do momento que alguém busca um blog para ver uma opinião testemunhal e pessoal sobre um assunto e se depara com um texto publicitário disfarçado de post, há uma grave conseqüência nisso. E, como os donos de blogs não são profissionais do texto, isso fica cada vez mais fácil de descobrir… Aí, quem perde é o próprio dono do blog. Por isso é que eu acredito que quem quer seguir por este caminho deveria se posicionar como um periodista, e não como um dono de blog.

No evento, fiz perguntas mas não sei se fui plenamente respondido. Como sou contra monetização de um blog, não sei bem ao certo se minhas colocações foram entendidas do jeito que eu pensei que poderiam ser. É que parece haver uma certa confusão entre ser contra vender post e ganhar dinheiro…

Eu sei que blog é formato, e não linguagem. Ainda assim (e por isso), é legal dar um tom mais “profissional” quando se quer ganhar dinheiro com a coisa.

Enfim, acho que o evento foi bem bacana para reunir pessoas em torno de um interesse comum. Infelizmente, fazer do meu blog pessoal um espaço para ganhar dinheiro com posts patrocinados e anúncios do Google não é o meu interesse. Não que eu me oponha a quem faz, só acho que isso tem – como disse – conseqüências. Se um dia eu fizer isso, certamente não será aqui no [cc] e nem será associado ao meu nome.

Mas, voltando à conclusão deste mais que confuso texto… Valeu pela experiência.

Quanto mais você oferece, mais poderá vender

Texto originalmente publicado no site WebInsider

Uma das coisas mais complexas de qualquer atividade de vendas é entender e usar os conceitos de um tripé básico:

– Saber o que você está vendendo;
– Saber para quem você está vendendo (ou quer vender);
– Saber o que a concorrência faz.

Parece básico, mas uma grande parcela de empreendedores deixa estas informações de lado ao colocar suas ofertas à venda. O resultado não foge muito do esperado.

Há aqueles que, mesmo ignorando o tripé antes de começar suas atividades, com o passar do tempo acabam recuperando as informações de forma indireta e, aos trancos e barrancos, dão–se por satisfeitos.

Não deviam. Afinal, o custo operacional e a perda de faturamento acarretados pelo desconhecimento destas importantes informações poderiam dar outro rumo ao empreendimento ou até mesmo representar um caminho mais curto rumo aos lucros.

Quando falamos em vendas por catálogo, via TV ou pela internet, esse tripé de informações é mais do necessário, é imprescindível. Saber o que você está vendendo é ter plena consciência das questões técnicas e de todas as características daquilo que você quer que o seu consumidor consuma. Seja um bem ou um serviço.

Entretanto, é sempre bom reforçar: só saber, não basta. É preciso que estas informações sejam amplamente divulgadas na hora de oferecer, anunciar ou ofertar a venda. Isso porque é exatamente este tipo de coisa que o seu consumidor precisa ouvir (ou ler ou assistir) naquele momento de análise pré–compra para decidir se aceita ou não aquilo que você quer vender.

Parece, mas não é tão simples. Entenda.

Por mais que se trate de um produto ou serviço que você julgue ser comoditizado ou que as características já sejam amplamente conhecidas pelo seu cliente, você deve ter em mente duas coisas:

Coisa 1: ao usar um canal aberto e de amplo alcance para a divulgação e venda à distância, considere que pessoas que ainda não conhecem estas características receberão ou acessarão sua mensagem de vendas. Seu esforço não valerá nada se estas pessoas não souberem corretamente do que se trata aquilo que você oferece.

Coisa 2: tornando públicas as características daquilo que é oferecido para a venda você será capaz de verificar – na prática – se as informações sobre as demandas do mercado e as ações dos concorrentes se confirmam.

Saber oferecer é muito importante para saber vender.

Assim sendo, voltemos às questões relacionadas à venda pela internet, por catálogo ou por televisão. Constantemente vemos produtos ou serviços anunciados de maneira infeliz ou mal planejada, a ponto do anúncio mais confundir do que esclarecer. Isso implica em perda de vendas.

Procure vender mais. Se a estratégia é atender as demandas dos consumidores ao oferecer um serviço ou produto adequado às necessidades e superior aos concorrentes, é um desperdício de investimento em vendas incentivar o consumidor por impulso a pegar o telefone e ligar para saber mais sobre o produto ou consultar num site externo as informações básicas que ele precisa. De que adianta você anunciar se o anúncio não está completo? O anúncio deve responder a todas as perguntas ali mesmo.

A avaliação pré–venda que os consumidores fazem ao assistir um infomercial (ou acessar a página do produto ou folhear o catálogo) precisa ser concluída para que a decisão de compra seja real.

Apenas suscitar o interesse não é o suficiente para convencer uma grande parcela de consumidores e acaba por colocar em descrédito as informações passadas. Seja por estarem incompletas ou por serem transmitidas de uma maneira que não atenda suas expectativas.

Experimente. Forneça a maior quantidade de informações que você puder para aqueles que recebem suas ofertas e veja se a quantidade de pedidos muda.

Ferramentas de produtividade

Achei em uns antigos backups aqui no escritório um cd com minhas colunas para a revista WWW. Escrevi estas colunas nos anos de 2005 e 2006. Como elas ainda não estavam disponíveis para os leitores do blog, resolvi colocá-las aqui aos poucos. O que replicarei no blog é o texto bruto, enviado para os editores da revista. Os textos podem estar antigos e, ainda, terem erros. Conto com vossa compreensão. Boa leitura!

Coluna enviada para a revista WWW no dia 21 de dezembro de 2006

Ferramentas de produtividade

Primeira coluna do ano e não há assunto mais oportuno do que a sua produtividade para este novo período que se inicia, certo? Bem, se você não pensa assim, que tal ler este texto até o final e depois pensar a respeito das pequenas coisas que podemos fazer para que nossos trabalhos fiquem mais bacanas e que nossos dias rendam mais.

Comecemos com o mais trivial, porém, mais importante dos passos: o planejamento. Planeje sempre suas ações. Na sua vida e em seus projetos profissionais, o planejamento já deve ter mostrado seu papel essencial no desenvolvimento de qualquer atividade. Assim sendo, planeje seu ano. Se você trabalha com atendimento, sua agenda é uma importante ferramenta. Atualize-a e use-a corretamente. O campo de “aniversário”, por exemplo, não está ali só de enfeite. Uma mensagem ou um telefonema de felicitações a cada um de seus clientes pode ser bastante eficiente para a criação de relacionamentos individualizados. Talvez até mais eficiente do que aquele cartão de natal em flash que você mandou para todo mundo no mês passado, né? Para os que se interessaram, Google e Yahoo! têm estas ferramentas muito bem desenvolvidas e oferecidas gratuitamente a seus usuários.

Além do campo de aniversário, experimente criar um novo campo intitulado “interesses especiais”. Da mesma forma que o campo de aniversários, este deve ser usado e atualizado constantemente. Registre tudo o que puder sobre este cliente (ou prospect) para que – sabendo mais e mais sobre ele – você consiga estreitar ainda mais o relacionamento e promovê-lo da categoria de cliente para a categoria de amigo. Lembre-se que a recíproca é verdadeira, se você é um fornecedor, será promovido para amigo pelo cliente.

Se o seu trabalho é com produção e/ou gestão, que tal começar a fazer uso das ferramentas – inúmeras, diga-se – de gerenciamento de projetos? Estas ferramentas, além de manter tudo dentro dos eixos no curso de um projeto, ajudam a interligar os diferentes setores envolvidos na sua execução, de uma ponta á outra, pois além de auxiliar na gestão da execução das tarefas, estas ferramentas aproximam as pessoas. Se você não é o responsável pelo projeto, mas é parte dele, que tal sugerir seu uso aos responsáveis? Há excelentes alternativas – gratuitas ou não – que podem ajudar a resolver muitos problemas. Basecamp, eProject e Teamspace são excelentes alternativas.

Outra boa atitude que você pode tomar para que seu dia, mês e ano rendam bastante é usar corretamente os recursos de comunicação dos comunicadores instantâneos e do e-mail. Falemos dos comunicadores instantâneos primeiro. Não seria uma boa se a sua lista de contatos fosse revisada e uma faxina fosse feita? Que tal rever a necessidade de manter aquelas pessoas com as quais você não conversa há um tempão em sua lista? Outra coisa a fazer é separar contatos profissionais e pessoais. Misturar pode não ser a melhor coisa para você. Uma boa opção é separar estes contatos por tipo de comunicador. Por exemplo: os contatos pessoais ficam no Yahoo!Messenger, os profissionais no MSN ou GoogleTalk. Consolidá-los em um só software pode ser uma boa com o Gaim ou o Trillian. Entretanto, a ordenação em clientes separados nem sempre depende da gente, não é? Nestes casos, o mais legal a se fazer é ter “dupla personalidade” ou, em outras palavras, dois cadastros nos clientes de comunicação instantânea: um para os contatos profissionais e outro para os pessoais. O motivo disso tudo? Não misturar as bolas.

Finalizando, uma dica bem legal sobre e-mail para ajudar a aumentar a produtividade neste novo ano: Reduza o tempo dedicado a apagar incêndios e responder imediatamente as mensagens de e-mail que chegam em sua caixa postal. Você já parou para contar o tempo que você se dedica a isso enquanto deveria estar executando alguma tarefa de seus projetos? A não ser que responder e-mails instantaneamente seja a sua tarefa, você já deve ter perdido muito tempo com isso. Assim sendo, duas dicas. A mais radical é desligar o software de e-mail e ligá-lo apenas três vezes ao dia: no começo do expediente, logo após o almoço e no fim do dia. Se esse não for o caso ou esta ação acabe por te colocar em apuros, que tal aumentar o tamanho dos intervalos na checagem? Talvez uma interrupção das atividades a cada meia hora seja mais legal do que a cada três minutos para responder mensagens.

Com estas dicas espero contribuir para que seu ano já comece mais produtivo. Fazer bom uso das ferramentas de produtividade é fazer bom uso dos recursos disponíveis em nossas vidas.