Somos peças em uma máquina que escraviza

As plataformas algoritmicamente operadas não estão interessadas em conectar pessoas e muito menos em te ajudar. Elas querem o seu tempo para te mostrar anúncios altamente personalizados e direcionados.

Hoje, mais cedo, estava rolando a tela do LinkedIn. Topei com um conteúdo que me despertou o interesse. Havia sido postado por uma pessoa que não está em meus contatos e nem é uma conexão. Iniciei um comentário porque gostaria de desenvolver uma conversa com a pessoa que postou o conteúdo. Antes de completar o comentário, precisei alternar a aba para buscar uma referência.

Nesse espaço de tempo, chega um alerta de um problema para resolver rapidamente no aplicativo de mensagens. Quando terminei o problema, localizei a referência e voltei para a aba do navegador onde estava o meu rascunho de comentário do linkledIn para finalizar, indicando a referência, eis que o LinkedIn achou por melhor recarregar e eu perdi este conteúdo para sempre.

Isso acontece muito em qualquer plataforma. Instagram, TikTok, LinkedIn.
O produto é desenhado para mostrar a maior quantidade possível de conteúdo (e, de quebra, anúncios) para os usuários. Mais tempo de tela, mais conteúdo, mais anúncios altamente direcionados. Likes, comentários e compartilhamentos não são pensados para aproximar pessoas, mas sim para indicar para os sistemas qual tipo de conteúdo te interessa para que a plataforma te mostre mais.

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